Depois do inverno, a primavera
Seu último relacionamento fora de certa forma traumático, incompatibilidade de estados civis. Tilene resolveu que precisava tomar alguma atitude. Não suportava mais ficar em segundo plano. Conheceu Milo. Tinham profissões parecidas, alguns interesses em comum. Se daria certo? Não sei. Nem mesmo Tilene saberia dizer. O importante seria dar o primeiro passo. Os passos seguintes pousariam onde devessem pousar, no momento oportuno. Depois do inverno, viria a primavera.
Kila terminou seu casamento de forma amigável. Permanecem amigos até hoje. Num determinado momento de sua vida, de seu relacionamento, Kila tomou coragem. Melhor resolvermos isso agora, do que esperarmos ainda mais. Conversaram, seguiram caminhos diferentes. Hoje, cada um procura sua felicidade, com mais leveza e esperança. Depois do inverno, viria a primavera.
Zuzu passou pela mesma situação, e escolheu resolvê-la noutro rumo, nem melhor, nem pior, apenas diferente - pois não seria aqui apropriado emitir parciais julgamentos de valores. Superaram juntos um momento difícil, e permaneceram lado a lado na caminhada. Depois do inverno, viria a primavera.
Zuzu passou pela mesma situação, e escolheu resolvê-la noutro rumo, nem melhor, nem pior, apenas diferente - pois não seria aqui apropriado emitir parciais julgamentos de valores. Superaram juntos um momento difícil, e permaneceram lado a lado na caminhada. Depois do inverno, viria a primavera.
Trênia teve boa surpresa. Encontrou seu companheiro pouco depois de um súbito término de namoro. Um sofrimento momentâneo se converteu numa esperança mais sublime. Valeu a pena passar por tudo aquilo. Agora novos caminhos se abririam em sua vida. Depois do inverno, viria a primavera.
Vivi não tinha este tipo de problemas. Também, nem precisaria disso. Era uma planta. Mais especificamente, uma violeta. Sua maior preocupação era coordenar as evoluções e revoluções de suas folhas e flores, fluindo juntamente com as estações do ano, fazendo seu pequeno mundo mais ou menos colorido, de acordo com a estação. Reconstruir-se após um período de dificuldades, e seguir compartilhando suas cores e flores com o mundo. Depois do inverno, a primavera.
Um dia, quem sabe, com a sorte sorrindo ao seu lado, possam descobrir que tudo já estava bem, antes mesmo de começarem o caminho. E saberão que, ainda assim, o caminhar era necessário.
Somente desta maneira poderiam florescer.
E saberão que cada estação tem a sua beleza.
Que cada momento tem a sua razão.
Que cada ciclo se faz suceder por outro que lhe completa.
Que tudo se interconecta numa teia cósmica de misteriosas razões.
E assim, finalmente, poderão experimentar por inteiro o que buscavam desde o princípio. A vida florescendo e se reinventando, a cada dia, em cada um, acima, abaixo, ao redor.
Sempre.


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